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25 de março de 2010

Aos costumes


Sempre tive curiosidade de descobrir qual é o verdadeiro significado das tradições do casamento. Não há hora melhor para isso não? Afinal, preciso saber qual o motivo de usar branco e não pink (eu ia adorar), de entrar segurando um buquê e depois jogá-lo para as solteiras e por que raios se arremessa arroz nos pobres coitados dos noivos?

Durante a pesquisa me surpreendi com a explicação de outros detalhes da cerimônia, como a posição da noiva no altar, a história das alianças e por que o noivo NÃO pode ver a noiva antes. Agora sim, vou casar mais ciente de toda a insanidade simbólica. Pelo menos, tenho noção do que se trata e, quer saber, vou fazer tudo o que tem direito. Melhor não arriscar. Tradição é tradição e ponto final.

Divirta-se:

Vestido branco
Foi a rainha Vitória da Inglaterra, no século XIX, que inaugurou o visual de noiva transformando-o em tradição quando se casou de branco. Até então, as noivas usavam vestidos coloridos em tons de vermelho e dourado com pedrarias.

- Rainha poderosa essa hein! Será que se eu usar verde limão vai virar tendência? Acho chique também a opção de vermelho, dourado e pedrarias.

Buquê
Surgiu na Grécia Antiga como amuleto contra inveja e mau-olhado. O buquê era feito de ervas, ramos e alho. Mais tarde, passou a ser confeccionado com flores, símbolo de pureza, fertilidade e amor. O hábito de jogar o buquê sempre foi uma maneira de a noiva ajudar as amigas a desencalharem.

- Graças a Deus não precisa usar mais alho, ao menos que você se case na Transilvânia. Por outro lado, espantava a invejinha, que vamos combinar: tem de monte em casamento.

Véu e grinalda
Hijab (véu) quer dizer, em árabe, 'o que separa duas coisas'. O véu da noiva significa separar-se da vida de solteira para entrar em uma nova vida: a de esposa. Já a grinalda faz com que a noiva se pareça com uma rainha, diferenciando-a dos convidados. Quanto maior a grinalda, maior é o símbolo de status e riqueza.

- Sim. Precisei procurar no dicionário a diferença entre véu e grinalda. Véu é o tecido, grinalda é o enfeite. Do jeito que sou, vou procurar uma grinalda gigante!

Peça azul
Outra tradição comum é a noiva usar uma peça azul para 'cortar a inveja' das moças solteiras. Recomenda-se também usar o véu, uma jóia e até mesmo o vestido de uma esposa que foi bem-sucedida em seu casamento.

- Complicado este item. Serve calcinha azul? Também preciso providenciar algo da minha mãe e sogra. Tudo para fazer dar certo.
Damas, pajens e padrinhos
As damas de honra existem desde a Antiguidade, quando as noivas se casavam ainda crianças e precisavam da ajuda das irmãs para se vestir. Os padrinhos surgiram na época em que os matrimônios eram arranjados pelos pais do casal. Escolhiam-se padrinhos para tornar a união reconhecida pelo restante da sociedade

- Ainda bem que hoje não se casa mais criança (pelo menos no Brasil) e que os noivos podem escolher os padrinhos. Ufa!

Marcha nupcial
Fã do músico Felix Mendelssohn, a rainha Vitória (de novo a poderosa) encomendou a ele uma composição especial. A música, que ficaria conhecida como archa Nupcial, foi composta em 1842. Ela ganhou fama ao ser usada para o casamento de uma das filhas da rainha.

- Rainha que é rainha entra no casamento com a Marcha Nupcial. Será que se eu escolher entrar com o Rebolation vira tendência?

Aliança na mão esquerda
A tradição de usar anel como símbolo de casamento surgiu entre os antigos egípcios que trocavam alianças de feno, couro e marfim para perpetuar o amor, pois viam no círculo o símbolo de eternidade. O anel era usado no dedo esquerdo, onde acreditavam que ficavam veias conectadas ao coração.

- Feno? Coisa pobre! Mas as histórias do círculo da eternidade e das veias conectadas ao coração são bonitinhas.

Noiva do lado esquerdo
É uma tradição que remonta à Idade Média: se algum homem tentasse 'roubar' a futura esposa do noivo, este a defenderia com a espada usando o braço direito para o combate. Segundo a superstição, quando a noiva fica no lado esquerdo também significa afastar o risco da infidelidade.

- Babado! Mas e quando o noivo é canhoto?

Noivo não pode ver a noiva antes
É uma tradição milenar praticada por quase todos os povos. Em alguns países árabes, o casamento (especialmente dos muçulmanos), ainda hoje é celebrado entre o pretendente e o pai da noiva (esta aguarda em outra sala). Somente depois de o casamento ser celebrado pelos homens, a noiva se encontra com o futuro marido. A tradição também ensina que o homem não deve tocar em nenhum pertence da noiva para não quebrar o encanto do matrimônio. Pode-se tocar apenas em objetos de vidro e ouro.

- Não adianta insistir. Para o bem do casamento, segredo absoluto. Mas não dá para reclamar, hoje é possível saber direitinho com quem se está casando, pelo menos, na aparência. Não pode tocar em nenhum pertence, mas e na noiva? Ainda bem que estamos no Brasil.

Noivo carrega a noiva no colo
Este costume é oriental. Acredita-se que os gênios ruins, que atacam apenas as mulheres (tradição nada machista), ficam a espera da noiva na porta do quarto nupcial. O marido protege a esposa carregando-a para evitar que ela 'pise' em algo ruim.

- Pode começar a treinar. Prometo que até lá emagreço, não sou tão má. Tudo para não pisar nos malvados gênios e estragar o fabuloso sapato.

Beijo dos noivos
Na Roma Antiga, o beijo era usado para selar contratos e compromissos. O cristianismo incorporou o beijo na cerimônia de casamento e, ocorrendo no final, significa um novo status de vida para o casal.

- Beijo é bom de qualquer jeito. Pena que não pode rolar um mais caliente na frente do padre. É excomunhão na certa.

Arroz
O costume de jogar arroz nos recém-casados vem de uma tradição chinesa de mais de dois mil anos e simboliza o pedido dos convidados para que haja fartura na vida do casal.

- Como ninguém aqui é chinês, façam o favor de, em vez do arroz, jogar aviõezinhos (ala Silvio Santos) de R$ 100 nas nossas cabeças. Isso sim é prosperidade.

Bolo
Na Roma antiga quebrava-se um pedaço de pão na cabeça dos noivos - quanto maior a quantidade de migalhas, maior a felicidade e número de filhos - que, em seguida, eram distribuídos aos convidados. Com o passar do tempo o tamanho do pão aumentou para que nenhum convidado ficasse sem. Com a introdução do açúcar na Europa, transformou-se em bolo.

- Aja chapinha e laquê para tanta migalha de pão! Deus me livre! Ainda bem que o pãozinho cresceu, virou bolo com recheios variados e deliciosos. Hum, que água na boca!
Comentários
3 Comentários

3 comentários:

Eliane de Souza disse...

hahahahahaha muito bom.
sobre o buquê, també já ouvi falar que era usado na Europa para que o perfume das flores amenizasse o cheiro da noiva, já que a turma não era muito fã de banho rs.
beijocas

Karina Arruda disse...

Má,

Muito boa esse post! até encaminhei para minhas amigas! rs

Eu não vou entrar com Marcha Nupcial!! Bolo farei um bem gde, mas não quero saber de jogar na minha cabeça!

Ah! Amei a idéia de jogar aviõezinhos de R$100,00 ao invés de arroz!! rsrs

beijão

Simbis disse...

A Lua-de-mel tem origem no povo germânico, pois era costume se casar na Lua Nova. Na cerimônia, os noivos bebiam uma mistura de água com mel para proporcionar boa sorte. O costume também poderia ter nascido em Roma: os convidados pingavam gotas de mel na porta de entrada da casa dos noivos para que estes tivessem uma "vida doce". Os judeus acreditam que casar na Lua Crescente é prenúncio de felicidade.

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